quarta-feira, 29 de julho de 2009

PEEMEDEBISTAS APOSTAM TUDO EM GEDDEL

Como o comentário de Mário Bittencourt, leitor e parceiro do blog, ao post “PMDB aposta tudo em Geddel” (leia aqui) contém boas informações de Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia, que ajudam a entender melhor a postura dos peemedebistas baianos, aproveito para criar este novo post sobre o mesmo assunto. As declarações de Lúcio foram dadas durante o encontro regional da legenda em Porto Seguro, no último sábado. As palavras são claras, segundo transcrição do leitor Mário Bittencourt: “Tá demorando de o PT entender que o PMDB não está mais com Wagner (…) Nós estamos com a candidatura de Geddel nas ruas, nos encontros, visitando as cidades. Há uma mobilização e os cargos [dos secretários] já foram entregues”. E ainda confirmou a criação do segundo palanque para Dilma Rousseff na Bahia, lembrando que é “Dilma quem vai subir no palanque do PMDB e não Geddel no palanque do PT”. Ou seja, pelo menos nos encontros regionais, o PMDB já se porta como afastado e rompido com a aliança que elegeu Jaques Wagner em 2006. O que resta mesmo seria apenas a oficialização do rompimento, o que acontecerá quando o governador decidir demitir os secretários e outros ocupantes de cargos indicados pelos peemedebistas.

PEEMEDEBISTAS APOSTAM TUDO EM GEDDEL

· Paixão Barbosa

Conversando, neste fim de semana, com um peemedebista de quatro costados e muito próximo a Geddel Vieira Lima, fiquei impressionado com a certeza que existe no partido quanto à candidatura do ministro da Integração Nacional ao governo do Estado em 2010. O discurso é na linha de ser a candidatura inarredável e com uma enorme confiança nas possibilidades eleitorais de Geddel, com a certeza de que ele estará no segundo turno caso a disputa aconteça mesmo com ele, Paulo Souto (DEM) e Jaques Wagner (PT). A aposta do peemedebista é que o governador Jaques Wagner estaria desgastado junto aos prefeitos de todos os partidos, inclusive do PT, porque não os atende (remetendo as reivindicações, sempre, ao secretário Rui Costa) e demora muito de se posicionar. Por outro lado, Geddel teria, pelo contrário, uma imagem de político assertivo e de fácil acesso e o jeitão de quem resolve as coisas rapidamente. Quanto ao posicionamento nas pesquisas de opinião (Geddel tem aparecido em terceiro, ainda muito distante do líder, que é o governador), os peemedebistas têm certeza de que o quadro irá mudar aos poucos e o ministro crescerá, chegando à eleição embolado com Paulo Souto e Jaques Wagner. Isto porque o PMDB aposta que o ministro, entre os três, é o que tem maior possibilidade de crescimento porque carrega consigo a maior taxa de desgaste. E Geddel conta ainda com outro trunfo, justamente o que o PT mais teme: a manutenção do apoio ao presidente Lula e à sua provável candidata, a ministra Dilma Rousseff. O PMDB conta com isto para impedir que os petistas se beneficiem integralmente da força popular do presidente. E isto porque sabem da importância que Lula dá ao apoio dos peemedebistas para manter o Palácio do Planalto sob controle. Enfim, por mais que o PT não queira o segundo palanque para Dilma Rousseff na Bahia está com suas fundações já em construção.

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