Wanda Oliveira
Dengue sobe 100%
l Número de casos suspeitos em Goiânia apresenta salto após o início do período chuvoso, no mês de setembro l Secretaria Municipal de Saúde contabiliza 200 casos por semana, o dobro do registrado no mesmo período de 2008
09/12/2009
O número de casos suspeitos de dengue aumenta em quase 100% desde setembro em Goiâni em relação ao mesmo período do ano passado. A antecipação das chuvas, que começaram no final de agosto na cidade, leva o município a intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, o transmissor da doença. Ferros-velhos (sucatas) e borracharias são considerados pontos estratégicos para proliferação do vetor, por isso, esses locais recebem atenção redobrada. Na Capital, a oscilação da temperatura com dias de intenso calor ou chuvosos nesta época do ano contribui para o rápido desenvolvimento das larvas do mosquito. A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cristina Laval, afirma que a dengue é uma doença sazonal e esse aumento já é esperado neste período chuvoso. Outro fator contribui para o crescimento das estatísticas. Segundo ela, o profissional de saúde está capacitado e atento para notificar de imediato o quadro febril do paciente, que na maioria das suspeitas diagnostica a causa da doença como dengue. "Para o controle da enfermidade, é importante que todo caso suspeito seja notificado. Por isso, há intensificação das ações de combate ao vetor", diz. Os agentes de saúde também realizam visitas rotineiras em residências com larvas e nas redondezas à procura de focos do Aedes aegypti. Outra preocupação das autoridades do setor é com os grandes criadouros, como depósitos de sucatas, canteiro de obras da construção civil, além daqueles que podem acumular água de chuva. "O índice de dengue aumenta quando para de chover. Nesta época do ano, é uma situação esperada pelas questões climáticas na nossa região", ressalta Cristina. Ela destaca que o crescimento manteve-se estável em setembro, outubro e novembro, mas afirma que a mudança precoce do clima este ano na região Centro-Oeste pode elevar ainda mais as taxas dos casos de dengue. "Espera-se esse aumento este ano porque, em 2008, o período chuvoso só começou no final de dezembro. Mas os agentes da SMS estão atentos e o combate não para. Será intensificado ainda mais nesta época do ano." Em 2008, entre setembro e novembro, o sistema de monitoramento da SMS recebia, em média, 100 casos suspeitos de dengue por semana epidemiológica. Este ano, neste mesmo período por cada semana, há uma média de 200 casos suspeitos. Apesar do aumento no número de casos de dengue registrado desde setembro em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que houve redução de 10% no índice de notificações suspeitas da doença em 2009 em relação ao mesmo período do ano passado. Cristina Laval explica que, comparado com o mesmo período de 2008 até a penúltima semana de novembro, foram contabilizados 21.238 casos suspeitos. Essa redução aconteceu em conseqüência do trabalho realizado ao longo deste ano com parcerias público-privadas, participação do Exército, capacitação dos profissionais da área de Saúde e o envolvimento da população. "Casos de dengue hemorrágica e dengue com complicações e óbitos tiveram redução ainda mais expressiva", diz Cristina.
Campanha
Uma nova campanha será lançada ainda este mês no combate à dengue em Goiás. O projeto é da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que visa orientar a população sobre os cuidados de prevenção ao Aedes aegypti, transmissor da doença. Hoje, o órgão divulga um novo boletim com os dados atualizados da dengue. De acordo com a SES, até 21 de novembro, semana 47, foram registrados 34.677 casos suspeitos de dengue no Estado. Destes, 25 óbitos são investigados, sendo 14 por complicações e 11 por febre hemorrágica da dengue (FHD). No ano passado, foram contabilizados 44.977 casos suspeitos até a semana 46. Destes, 45 eram mortes, sendo 30 por complicações da dengue e 15 por FHD em relação ao ano de 2008.
Campanha
Uma nova campanha será lançada ainda este mês no combate à dengue em Goiás. O projeto é da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que visa orientar a população sobre os cuidados de prevenção ao Aedes aegypti, transmissor da doença. Hoje, o órgão divulga um novo boletim com os dados atualizados da dengue. De acordo com a SES, até 21 de novembro, semana 47, foram registrados 34.677 casos suspeitos de dengue no Estado. Destes, 25 óbitos são investigados, sendo 14 por complicações e 11 por febre hemorrágica da dengue (FHD). No ano passado, foram contabilizados 44.977 casos suspeitos até a semana 46. Destes, 45 eram mortes, sendo 30 por complicações da dengue e 15 por FHD em relação ao ano de 2008.
Minha opinião: Enquanto não houver uma campanha continua contra o mosquito vetor, com duas visitas mensais dos agentes, não há solução e teremos sempre dengue. Dr. Carlos Henrique Castro.
Edição: 11.914 - 08 / 12 / 2009 |
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Saúde aposta em fumacê e mutirão contra surto de dengue
Terça-feira, 08 de Dezembro de 2009 13h20min
Edivaldo Bitencourt.
A Secretaria Municipal de Saúde começou a aplicar fumacê contra a proliferação do mosquito transmissor da dengue em Campo Grande na região sul, localizada na saída para Sidrolândia. Além disto, o Centro de Controle de Zooneses vem intensificando os mutirões de limpeza para combater os focos do Aedes aegypti.
O número de casos notificados de dengue no mês passado em Campo Grande cresceu 402% e superou em 5% o registrado em novembro de 2006, o mês de véspera da epidemia registrada há dois anos. Foram notificados 553 casos, contra apenas 110 no mesmo período do ano anterior. Este é o maior número contabilizado na Capital em um mês desde maio de 2007, quando a epidemia perdeu força e ocorreram apenas 917 notificações.
“Temos uma força de trabalho muito grande; aqui no CCZ a equipe de combate à dengue é formada por 500 pessoas, entre agentes de saúde, agentes de controle de epidemiologia, supervisores e técnicos. Os agentes comunitários, em torno de 1.500, são também nossos aliados neste trabalho. Mesmo assim, a situação é preocupante”, alertou Mauro Lúcio Rosário, assessor técnico do CCZ.
Mauro Lúcio explica que o maior desafio dos agentes de saúde é a reposição dos depósitos de lixo, favorecendo o acúmulo de água nesta época de chuva. “Precisamos investir no controle mecânico, quer dizer, na eliminação correta de todos os resíduos”, afirmou.
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