Governo Federal
deve liberar CRM provisório para médicos estrangeiros atuarem no Brasil.
De preferencia o CRM de Brasilia.
O Ministério da
Saúde criou o Programa de Valorização da Atenção Básica de Saúde (Provab) para
que os médicos possam atuar nas áreas mais carentes dos Estados e municípios
BRASÍLIA
(SUCURSAL), 07 de Fevereiro de 2013.
Medida foi
informada aos prefeitos do Amazonas pelo líder do Governo, Eduardo Braga (Roque
Sá/Agência Tempo)
O Brasil tem um
déficit de 146 mil médicos. A proporção de 3,5 médicos por cada mil habitantes
é o número ideal segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A média
brasileira é de 1,8 médico, ficando a Região Norte abaixo desse patamar, com
0,9 profissional por cada grupo de 1.000 habitantes. O dado preocupante foi
revelado pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
(Conass) e secretário de Saúde do Estado do Amazonas, Wilson Alecrim.
“Nós temos que
criar uma medida alternativa para que tenhamos os médicos necessários para a
ocupação dos postos que estão vagos”, disse Alecrim. Para ele, não há como
esperar que as 192 faculdades de medicina do País formem os médicos e os lancem
no mercado de trabalho até porque metade delas ainda está em processo de
formação, um período de nove anos (seis de graduação e mais três de
especialização). “Não podemos penalizar as populações que sofrem com a ausência
de médicos por conta de questões corporativistas”, criticou o presidente do
Conass.
São essas
alternativas para enfrentar os sindicatos dos médicos e o próprio Conselho
Federal de Medicina (CRM) que o Governo Federal está preparando medidas para
levar médicos ao interior do Brasil e às periferias das grandes cidades. O
Ministério da Saúde criou o Programa de Valorização da Atenção Básica de Saúde
(Provab) que já distribuiu sete mil bolsas, no valor de R$ 8 mil cada uma, para
que os médicos possam atuar nas áreas mais carentes dos Estados e municípios.
Na reunião com 35
dos 62 prefeitos do Estado do Amazonas, no último dia 29 de janeiro, em
Brasília, o líder do Governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), anunciou que a
presidente Dilma Rousseff vai editar uma medida provisória, ainda no primeiro
semestre de 2012, permitindo que médicos estrangeiros trabalhem legalmente no
interior do País.
“A ideia é expedir
uma autorização do CRM provisória, válida para um período de dois anos, desde
que seja para trabalhar em regiões isoladas do Brasil. Serão convidados a vir
ao Brasil, médicos de países em crise econômica, como Portugal e Espanha, que
não terão problema de comunicação com o nosso povo por conta do idioma. Da
mesma forma, podemos atrair médicos cubanos, peruanos, bolivianos, enfim,
profissionais que inclusive já atuam no interior do Amazonas, mas de forma
irregular”, informou o senador Eduardo Braga.
Reserva de mercado
Na opinião do
líder do Governo, a medida deve enfrentar certa rejeição do Conselho Federal de
Medicina. “É natural que a classe médica brasileira relute contra o assunto,
pois ela deve lutar pela reserva de mercado. Mas os profissionais de saúde
precisam entender que, pelo menos nos próximos 15 anos, o Brasil não conseguirá
formar médicos em quantidade suficiente para atender toda a nossa população,
principalmente as comunidades mais isoladas do País”, declarou o parlamentar.
Porque
não atuar em Brasília e atender os deputados, senadores, ministros, a
presidente e seus parentes?
Brasília – Os
governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da
Saúde, estão acertando como será a vinda de 6 mil médicos cubanos para
trabalharem nas regiões brasileiras mais carentes.
Os detalhes
estão em negociação. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e
o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram hoje (6) a parceria.
Patriota e
Rodríguez não informaram como será a concessão de visto – se será definitivo ou
provisório. Segundo o chanceler brasileiro, há um déficit de profissionais
brasileiros na área de saúde atuando nas áreas carentes do país, daí a
articulação com Cuba.
“Estamos nos
organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit
de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem
grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico”, disse ele.
As
negociações para o envio dos médicos cubanos para o Brasil foi iniciada pela
presidenta Dilma Rousseff, em janeiro de 2012, quando visitou Havana, a
capital cubana. Ela defendeu uma iniciativa conjunta para a produção de
medicamentos e mencionou a ampliação do envio de médicos cubanos ao Brasil,
para apoiar o atendimento no Serviço Único de Saúde (SUS).
“Cuba tem uma
proficiência grande na área de medicina, farmacêutica e de biotecnologia. O
Brasil está examinando a possibilidade de acolher médicos por intermédio de
conversas que envolvem a Organização Pan-Americana de Saúde, e está se pensando
em algo em torno de 6 mil ou pouco mais”, destacou Patriota.
Segundo o
chanceler brasileiro, as negociações estão em curso, mas a ideia é que os
profissionais cubanos atuem nas áreas mais carentes do Brasil. “Ainda estamos
finalizando os entendimentos para que eles possam desempenhar sua atividade
profissional no Brasil, no sentido de dar atendimento a regiões particularmente
carentes no Brasil”, disse.
A visita do
chanceler de Cuba ocorre no momento em que o presidente cubano, Raúl Castro,
implementa mudanças no país, promovendo a abertura econômica e avanços na área
social. Segundo Bruno Rodríguez, a parceria com o Brasil é intensa
principalmente nas áreas econômica, social e turística. “Há um excelente
intercâmbio de ideias”, disse o cubano.
O comércio entre
Brasil e Cuba aumentou mais de sete vezes no período de 2003 a 2012, segundo o
Ministério das Relações Exteriores. De 2010 a 2012, as exportações brasileiras
para Cuba cresceram 36,9%. No ano passado, o comércio bilateral alcançou o
recorde de US$ 661,6 milhões.
Tags: Antonio Patriota, Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, chanceleres, Cuba,doutrinação, interesses estratégicos, interesses ideológicos, interesses políticos, médicos, regiões carentes, Venezuela
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